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Des’que a de 2 num voltou da ambulância, a de 7 fica em casa pra ajudar com os menores. Menina tão nova já virou mãezinha. Troca a fralda do caçula, bota a suja pra lavar, alfinete pra espetar. – Ah, meu Deus, qué que eu fiz?
A mãe acode caçula e menina-mãezinha. O vermelho mancha fralda. – Só espetou, filha. Um ranhãozinho de nada. Menina pergunta se ambulância vai levar e mãe diz que num precisa.
Passado o choro, menina-mãezinha continua na vigília. Nem dormiu pra ver se irmão respirava, se pintinho ainda fazia xixi. Mesmo depois de esquecer, vez em quando menina-mãezinha sente aquele arranhão espetar no seu peito. Uma agonia que num cura nunca.
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